Olho para ti e consigo amar-te mais do que me amo a mim
mesma. Mas tu ainda não a esqueceste, nem o vais fazer. A presença dela
atormenta-me todos os dias e por mais que to diga, continuas, como se nada
fosse, como se fosse importante para o mundo seres cordial e simpático com toda
a gente. Mas ela não é toda a gente! Ela é o teu passado e continua a vir ao
teu presente, de forma mesquinha e ordinária, marcar presença. Ela faz questão
de dizer que ainda existe e tu fazes questão de lhe mostrar que ela ainda
existe para ti. Respondes-lhe, mesmo depois de todo o reboliço passado, mesmo
depois de ela ter feito de ti “gato-sapato”.
Ainda assim, consegues ser a pessoa mais compreensível do mundo e deixas que
ela entre e saia da tua vida quando quer. Ela fala contigo e tu respondes. Ela
não fala e tu não te importas. Ela volta a falar e lá estás tu cordialmente
simpático a responder como se fosse super importante o facto de ela finalmente
te estar a falar. Será que não compreendes. És incapaz de te desfazer o passado
por mais que te implore, por mais que isso nos destrua e todos os dias me deixe
cheia de medos e inseguranças, não pelo facto de não saber o que sentes por mim,
mas pelo simples facto de ela não te ser indiferente e não te conseguires
desapegar dela, de nem sequer não lhe responder, de fingir que ela nem existe.
Não sou pessoa de indecisões, sempre fiz as minhas escolhas e não vou estar com
uma pessoa que simplesmente não quer entender o facto de alguém estar sempre a
marcar presença na nossa relação, de se querer fazer notar, de entrar,
questionar, parabenizar e fazer o que quer sabendo que respondes. Não sou
segunda escolha, não sou a outra, não sou a pessoa que tem que compreender o
facto de a ex ser assunto presente. Ex
é assunto passado e é lá que tem que ficar.
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