segunda-feira, 6 de abril de 2015

Todas as coisas clichês do amor

Ao longo da vida, são inúmeras as vezes que nos apaixonamos, julgando ser amor eterno, a paixão perfeita, os planos imaturos perfeitos. São inúmeras as vezes que prometemos coisas que jamais vamos conseguir cumprir por uma paixão passageira.
Amor verdadeiro, esse só há um.
Aparece quando menos esperas, provavelmente quando tens a vida virada do avesso: por isso não esperes que seja tudo um mar de rosas, porque não é. Mas então chega esse teu amor, não pede licença para entrar e arrebata o teu coração. Deixa-o acelerado e arritmicamente anormal. Não estás minimamente preparado para que alguém entre assim na tua vida e no primeiro impacto pode causar algum medo, alguma repulsa dentro de ti por não saberes lidar com ele.
Como todos os amores clichês, amar não chega, amar outra pessoa faz transbordar o amor que tens por ela, vês-te a dizer e a fazer coisas que jamais te verias a fazer por ser demasiado lamechas ou mesmo constrangedor (quantas vezes não olhas para a mãe dele e pensas "obrigada querida sogra por fazer alguém que amo tanto!"...isto é mesmo constrangedor). Tens tendência para te rebaixar porque olhas para ele e tem tudo de perfeito, é como se aqueles modelos das estilistas parecessem todos cães rafeiros ao pé dele (e parecem!), e tu és só isto, olhas para o espelho e não vês nada de especial (mas afinal o que é que ele vê em mim?!). Amor também é superar muitas dificuldades que a vida traga, amor é estar a 2000km e transformá-lo em horas de Skype, é apreciar as melhores coisas da vida ao lado da pessoa que amas, é não ter medo de chorar de saudade, é conhecer todos os cantos do corpo de uma pessoa, amor é conhecer o outro lado da moeda, aceitar o passado e tudo o que essa pessoa traz de bom e mau consigo.
Quando penso em amor verdadeiro, lembro-me de ti e não esqueço tudo o que nos separa porque isso é um pormenor tão pequeno comparado com as noites que durmo no teu peito.
Amo-te.

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